quinta-feira, 2 de setembro de 2010

O Show de Truman

O Show de Truman


O filme: O Show de Truman do diretor Peter Weir foi estrelado pelo ator Jim Carrey em 1998, conta a história de um homem americano que teve toda sua vida monitorada por um canal de televisão pago, e toda a sua privacidade é mostrada 24 horas por dia, sem seu conhecimento. Truman vive uma vida superficial, rodeado de pessoas artificiais que atuam, vivendo personagens de amigos, parentes, vizinhos e até sua própria esposa. Truman vive em um cenário de televisão por cerca de 30 anos sem se dar conta disso, manipulado pelo diretor de televisão chamado Cristofer que pensa ser um Deus na terra, fazendo o show para a grande massa da população americana. Os produtos que Truman utiliza, servem de “merchandising” para os telespectadores, isso é pensado nos mínimos detalhes pela produção do Show de Truman. Todos possuem interesses nessa manipulação: O diretor que se sente capaz de manipular vidas de meros mortais, os atores que contracenam com Truman pensam em manter seu emprego e seu status de celebridades, os telespectadores em acompanhar a novela da vida real. Essa vida de mentiras ao qual Truman é subordinado e acredita ser a mais pura verdade, serve para que as pessoas possam ter uma sensação de poder sobre a vida de outro ser humano, isso faz com que todos ajam de forma natural com a farsa, pois é ela que os mantém superiores a Truman, seja por interesse financeiro ou especulativo.

A mídia exerce o papel de manipuladora e reveladora, manipula a vida e revela a intimidade de um homem, com a máscara da informação e do entretenimento. Obviamente que a mídia real também age dessa forma, desde seus telejornais tendenciosos, programas sensacionalistas, até mesmo “reality shows” que desvendam todos os detalhes da vida das pessoas, além das revistas de fofocas que lucram milhões com escândalos particulares da vida de celebridades.
O filme é uma superprodução, com uma brilhante interpretação de Jim Carrey, é o estopim para uma melhor análise da mídia e das relações humanas e de trabalho. Para os adoradores de “reality shows” que tomam conta de grande parte da programação das televisões abertas do país, é um filme fundamental para uma melhor crítica para que não sejamos parte de uma manipulação da vida de muitos “Trumans” existentes no país, sedentos por fazerem parte de um show que destrói muitos valores necessários há uma sociedade mais justa.


Anderson R. Gonçalves


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